A extração de rochas para a produção de materiais pétreos é uma das etapas mais importantes no setor de construção civil, especialmente em regiões do Brasil onde há predominância de rochas ígneas e metamórficas, como granito e gnaisse. Essas formações são muito resistentes e exigem métodos específicos para serem removidas e transformadas em materiais como brita, rachão e pó de brita. Neste post, vamos explorar como funciona o processo de detonação das rochas, desde o planejamento inicial até a execução final.
1. Análise geológica e planejamento da detonação
Antes de iniciar qualquer detonação, é essencial realizar um estudo geológico detalhado da área. Isso envolve a análise das características do solo, tipo de rocha e profundidade das camadas a serem removidas.
Após o estudo, uma equipe especializada elabora um plano de desmonte que determina:
- A localização dos furos de explosão.
- A quantidade e o tipo de explosivo a ser utilizado.
- O ângulo e profundidade dos furos.
- A sequência de explosão para garantir a segurança e eficiência.
Para rochas densas como o granito, é necessário aplicar uma técnica conhecida como desmonte controlado, que permite direcionar as forças da explosão para que a rocha se quebre de maneira eficiente, sem causar impactos indesejados no entorno.
2. Perfuração dos furos de desmonte
Com o planejamento concluído, é hora de preparar o terreno da pedreira para a detonação. Para isso, são utilizadas perfuratrizes capazes de penetrar com precisão a rocha sólida, criando furos que variam entre 14 e 16 metros de profundidade, dependendo da formação geológica.
Cada furo é posicionado estrategicamente para otimizar o uso de explosivos e garantir que a rocha se fragmente em tamanhos adequados para o processamento posterior. Esse é um passo fundamental, especialmente em solos com veios de quartzo, que podem interferir na propagação das ondas de choque e alterar o comportamento da detonação.
3. Carga de explosivos e segurança
Após a perfuração, os furos são carregados com explosivos, como o ANFO (mistura de nitrato de amônio e óleo combustível) ou emulsões explosivas, que são comumente usadas em pedreiras brasileiras. A quantidade e o tipo de explosivo variam conforme a dureza e densidade da rocha.
Em áreas de extração de granito e gnaisse, o controle de vibração é crucial para evitar danos às estruturas próximas, como residências e estradas. Assim, técnicas de iniciação não elétrico são utilizadas para temporizar as explosões, controlando o impacto e direcionando a força para pontos específicos da rocha.
4. Detonação: O momento crítico
A detonação é realizada a partir de um sistema silencioso de iniciação não elétrico, que permite acionar as cargas com precisão milimétrica. A sincronia entre as explosões é calculada para fragmentar a rocha em pedaços de tamanhos controlados, que podem ser facilmente transportados e processados nas instalações da pedreira.
Durante a detonação, uma equipe de segurança monitora a área para garantir que não haja riscos para pessoas ou para o ambiente ao redor. Esse monitoramento inclui a avaliação de vibrações, controle de poeira e verificação de danos colaterais.
5. Processamento e transporte
Após a detonação, o material rochoso fragmentado é removido e transportado para a área de britagem, onde será processado em diferentes tamanhos de agregados, como brita 1, brita 2, brita 3, brita 4, pedrisco, rachão, entre outros.
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